terça-feira, 30 de outubro de 2007

AUTO-AVALIAÇÃO

COMO NOS FOI SOLICITADO ONTEM, INICIO MINHA AUTO-AVALIAÇÃO REFERENTE À DISCIPLINA DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR COM A PALAVRA QUE SINTETIZA MINHA AVALIAÇÃO DO CURSO EM SI: SUPREENDENTE.

E FALO, NÃO COMO QUEM ESPERAVA POUCO DE ALGUMA COISA E SE SURPREENDE QUANDO SUAS EXPECTATIVAS SUBDIMENSIONADAS SÃO SUPERADAS. FALO COMO QUEM ESPERAVA MUITO E SE SURPREENDEU COM A SUPERAÇÃO DESSAS EXPECTATIVAS INICIAIS.

ESPERAVA, COMO DITO NA NOSSA PRIMEIRA AULA, QUE O CURSO ME FORNECESSE AS TÉCNICAS NECESSÁRIAS A UM BOM DESEMPENHO PEDAGÓGICO. CREIO QUE CONSEGUI.

E CONSEGUI MAIS.

ENTENDI QUAL O VERDADEIRO PAPEL DO PROFESSOR E COMO A EDUCAÇÃO SE INSERE NA NOSSA VIDA PESSOAL E NO CONTEXTO SOCIAL EM QUE VIVEMOS.

POSSO, PORTANTO, ME AVALIAR POSITIVAMENTE, POIS, ALÉM DA SUPERAÇÃO DAS EXPECTATIVAS, CREIO QUE MINHA PARTICIPAÇÃO NAS AULAS CONTRIBUIU PARA O ÊXITO DA DISCIPLINA.

DOU-ME UMA NOTA 9,5, POIS SEMPRE HÁ O QUE MELHORAR: SOMOS SERES INCOMPLETOS, COMO DIRIA PAULO FREIRE.

UM ABRAÇO A TODOS E ATÉ A PRÓXIMA (QUE SEJA LOGO).

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pedagogia da Autonomia


O que mais me chama a atenção em "Pedagogia da Autonomia", de Paulo Freire, é a sua intensidade. E é uma intensidade perturbadora. Perturbadora no sentido de fazer refletir, de rever conceitos, de quebrar paradigmas...

E é com essa constatação em mente que conduzo estes comentários. Não me proponho, portanto, a um resumo ou a uma resenha, quero apenas expressar o que me perturbou como combustível para a reflexão.

E foi a politicidade que permeia toda a obra que mais me perturbou.

A educação não é neutra, como muitos de nós podemos levianamente imaginar. "Ela é política". O educador não pode fechar os olhos para a realidade sócio-econômica que o envolve, para o ambiente onde se insere sua prática pedagógica. Nas próprias palavras de Paulo Freire "não é possível à escola, se, na verdade, engajada na formação de educandos educadores, alhear-se das condições sociais culturais, econômicas de seus alunos, de suas famílias, de seus vizinhos”.

O educador precisa perceber qual a "leitura do mundo" que os grupos com os quais trabalha fazem de seu ambiente. Cabe ao educador provocar e estimular novas formas de compreensão desse contexto, com o cuidado para, de um lado, não se “converter” ao saber ingênuo desses grupos e, de outro, não impôr-lhes o seu entendimento.

O educador precisa, portanto, tomar uma posição, escolher. Não pode se esconder atrás do véu da neutralidade.

Além disso, o educador deve respeitar a autonomia, a dignidade e a identidade do educando.

Cuidado, entretanto, com a simples conferência de autonomia. "Ninguém é autônomo primeiro para depois decidir". E é aí que age o educador. Considerando que a autonomia é um processo, que vai se constituindo com a experiência das decisões que se toma, a pedagogia da autonomia deve estimular a decisão e a responsabilidade dos educandos.

Outro ponto importante, que considero como alicerce de grande parte das idéias expostas no livro, é a consciência do inacabamento do ser humano e do futuro como problema e não como inexorabilidade.

É a partir dessa consciência, confrontada com a consciência do mundo que nos envolve, que mergulhamos num constante processo de busca, que torna a educação um processo permanente e desafiador.

"O mundo não é. O mundo está sendo". É nessa linha é que o educador deve programar sua ação político-pedagógica. A História é uma possibilidade e não uma determinação. Não somos apenas objeto dela, mas também seu sujeito, que constata o que ocorre e que intervém para mudar.

E é daí que vem a politicidade da educação. Da educabilidade do ser humano decorrente de sua inconclusão consciente.

E é esta percepção do homem como ser "programado” para aprender e, portanto, para ensinar, para conhecer, para intervir, que torna a prática educativa um “exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos."

E aqui, cabe destacar uma frase de Paulo Freire: "O educador e a educadora críticos não podem pensar que, a partir do curso que coordenam ou do seminário que lideram, podem transformar o país. Mas podem demonstrar que é possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de sua tarefa político-pedagógica."

Algumas outras dezenas de aprendizagens derivadas podem ser construídas a partir dos estímulos de Paulo Freire.

Talvez a mais relevante é a de que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção." Além disso, a tarefa docente não pode ser encarada apenas como o ensinamento de conteúdos. Ela também deve abranger o ensinamento de como pensar certo além de se preocupar com a formação moral do educando.

O educador deve apoiar o educando para que ele mesmo supere suas dificuldades na compreensão. Só assim, com o êxito dessa compreensão, é que sua curiosidade é mantida e estimulada a continuar na busca permanente que é o processo de conhecimento.

Encerro com uma pequena passagem do livro, que considero uma síntese bastante aproximada desta grande obra político-pedagógica: “Este é outro saber indispensável à prática docente. O saber da impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos. De separar prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender“.

sábado, 6 de outubro de 2007

A educação que transforma a sociedade

A seção "Opinião" da edição de hoje (6\10\2007) do Correio Brasiliense (http://www2.correioweb.com.br/cbonline/opiniao/) traz um artigo do empresário Amarílio Macedo sobre o papel da educação na transformação da sociedade.
O empresário, que é membro do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) alerta que o baixo padrão da educação no país traz graves conseqüências em todos os aspectos da nossa sociedade.
No aspecto político, as deficiências na educação "facilitam vícios de comportamento e de atitudes de eleitores e candidatos, estimulam o compadrio, a dependência e a corrupção, disseminam a hipocrisia exercida em benefício próprio, consagram a demagogia como maneira habitual de relacionamento".
No mundo econômico, a "má qualidade da educação torna mais difícil a competitividade do setor produtivo. Dessa insuficiência decorrem a baixa qualificação da mão-de-obra, a facilitação à sonegação de impostos e o desrespeito aos direitos dos trabalhadores".
"Educação transformadora, a que verdadeiramente educa começa pela qualificação dos educadores. Quem não é capaz de perceber no outro a condição de buscar o conhecimento, a partir de si e de seu meio, precisa ser mais bem preparado para ser educador".
"Educar requer, além de educador bem preparado e corretamente remunerado, a disponibilização dos modernos instrumentos tecnológicos, que constituem parcela indispensável à materialização do propósito da educação em massa."
"Priorize-se a formação dos profissionais, conquiste-se a adesão digna e o interesse dos mestres com projetos factíveis e atraentes e com remuneração correta, ponha-se a inclusão tecnológica como suporte ao processo educativo e teremos motivos para acreditar na viabilidade de um país que caminhe para o verdadeiro desenvolvimento econômico e social".
Gostei muito desse artigo, pois mostra o ponto de vista de um empresário, que faz um diagóstico bastante pertinente das consequências de uma política educacional deficiente e aponta algumas premissas para que a educação sirva de suporte para o desenvolvimento do país: qualificação, remuneração e engajamento dos educadores; e inclusão tecnológica.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Uma visita à página do MEC


Uma visita à página do Ministério da Educação na internet (http://portal.mec.gov.br) é imprescindível para aqueles que pretendem se aventurar pelo mundo da educação no Brasil.

Um bom começo é navegar pela estrutura do Ministério, no menu superior da página. Ali é possível conhecer como se organiza administrativamente o MEC, como se dividem e se relacionam suas Secretarias, Autarquias e Fundações. A divisão de suas Secretarias, por exemplo, é um retrato fiel de como estão estratificadas as áreas da educação no país: Secretaria de Educação Básica, Secretaria de Educação Especial, Secretaria de Educação Superior, Secretaria de Educação à Distância, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

O site é muito rico e nos dá infinitas possibilidades de navegação. Por isso, vou me deter em aconselhar mais duas paradas obrigatórias: as ferramentas de busca de instituição/curso(http://portal.mec.gov.br/sesu/) e a página do INEP (www.inep.gov.br), cujo link se encontra no menu lateral do site.

As ferramentas de busca permitem localizar qualquer curso ou instituição de ensino superior por Município, UF ou Região, com informações sobre as avaliações dos cursos, a situação legal da institução, entre outras.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP promove estudos, pesquisas e avaliações sobre os Sistema Educaional Brasileiro. Lá você encontrará os Censos Educacionais, os Exames Nacionais, avaliações de cursos, entre outros materias interessantes.

Espero que curtam esse passeio virtual...